quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Obstáculos

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"Obstáculos são ingredientes indispensáveis a uma vida bem sucedida. Cada problema é uma oportunidade para um sério e maduro confronto. Desperdiçar esta oportunidade é comprometer o seu próprio futuro." Og Mandino

Tudo aquilo que evitamos, negamos ou tentamos fugir - no final - só nos serve para nos derrotar. Por outro lado, qualquer coisa - ainda que detestemos, ou quão desagradável venha a ser - pode se transformar numa fonte de crescimento quando abertamente confrontada.
Problemas não vão se dissipar simplesmente porque resolvemos ignora-los. Fracassar em confrontar alguma coisa negativa serve apenas para alimentar e crescer a influencia daquilo que nos martiriza.

Nos sabemos que temos que confrontar a vida, porem, o medo nos paralisa. A única maneira de sair dessa situação é confrontando a situação a despeito do medo. Lembre-se que coragem não é ausência do medo. Coragem é ir em frente a despeito do medo.

Fazer isso é desconfortável? Sim. E difícil? Muito. Lembre-se porem, que pela sua vida, pelos seus alvos, pelos seus sonhos vale a pena a dor, esforço e sacrifício. Portanto, pare de se esconder por detrás do seu medo. Deus esta bem perto e pronto a lhe sustentar. Tudo o que Ele lhe pede é que você venha a dar o primeiro passo.

Comece hoje a confrontar os obstáculos e permita que uma nova e radiante luz venha brilhar em sua vida.

"Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porem, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o a igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano." Mateus 18:15-17

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Sete Perigosas Atitudes para Negarmos o Senhor

Lucas 22.31-62

Introdução

Diz o Rev. J. C. Ryle que "um naufrágio é uma visão melancólica, mesmo quando nenhuma vida se perde. No entanto, nem sequer um naufrágio é tão melancólico quanto ver um verdadeiro crente escorregar e cair em pecado". A experiência de Pedro ilustra esta verdade: Que um servo de Deus não chega a negar o Seu Senhor senão através de um trágico processo de queda espiritual. Vejamos os passos dessa queda:


I - O PERIGO DE PENSAR QUE PODE ENFRENTAR O PODER DAS TREVAS SOZINHO

Lucas 22:31-33, Satanás havia pedido para peneirar, provar a Pedro. Mas, o Senhor se colocou como seu intercessor, seu defensor.


II - O PERIGO DE ACHAR QUE SOMOS AUTO-SUFICIENTES.

No mesmo texto, Lucas 22: 33 e 34, Pedro diz que estava pronto a ir à prisão ou até mesmo morrer, se fosse necessário.


III - O PERIGO DE ABANDONARMOS A VIDA DE ORAÇÃO

Lucas 22:47-51, diz que na profunda dor e tribulação, o Senhor, foi para Getsêmani para orar. Pedro, entre os discípulos, (João e Tiago) adormeceu. O Senhor os repreende, que estivessem orando e vigiando para enfrentar e suportar a tentação.


IV - O PERIGO DE USARMOS AS ARMAS MUNDANAS

Lucas 22:47-51, diz que Pedro, no momento em que Judas entrega o Senhor, tira uma espada e fere um dos servos do sumo sacerdote.


V - O PERIGO DE SEGUIRMOS O SENHOR DE LONGE

Lucas 22:54, mostra Pedro seguindo de longe. Muita gente que ama o Senhor, mas o quer longe e isso trará conseqüências drásticas.


VI - O PERIGO DE NOS ASSENTARMOS À RODA DOS IMPENITENTES

Lucas 22:55, diz que Pedro tomou assento entre os prenderam o Senhor. É triste quando vemos crentes se assentarem junto a escarnecedores, a impenitentes, aos que zombam do Senhor.


VII - O PERIGO DE COMPROMETERMOS A NOSSA FÉ

Lucas 22:56-61, diz que Pedro, quando interrogado por pessoas simples e humildes, mostrou-se medroso e de maneira irracional passou a negar a sua fé no Senhor e até a praguejar. É triste quando chegamos a este ponto. Isto pode acontecer conosco quando não levamos a sério a nossa fé no nosso Senhor.


Conclusão:

Desta forma Pedro se enfiou na tentação onde se sairia mal. Como está a sua vida hoje? Confiante em si próprio, criticando sua Igreja e seus irmãos, achando-se muito forte para por si próprio enfrentar o arquiinimigo de Deus? Estar junto dos irmãos em humildade e aos pés de Cristo em oração é o melhor conselho que a Palavra de Deus nos dá hoje. É hora de orar ...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Retire o melhor

"Você não pode decidir como ira morrer. Mas voce pode decidir
como ir viver." Joan Baez

Retire o melhor dos seus erros ao admiti-los e ao aprender preciosas
lições através deles. Retire o melhor das suas oportunidades ao se
preparar da melhor maneira possível. Retire o melhor dos seus
desapontamentos ao permitir que eles te fortaleçam.

Retire o melhor dos seus relacionamentos ao agir com gratidão,
respeito e consideração. Retire o melhor do seu tempo ao ter em mente
a preciosidade de cada momento desfrutado. Retire o melhor da sua
frustração ao canaliza-la em direção a positivas realizações.

Retire o melhor do seu trabalho por constantemente buscar uma
maneira de melhor servir. Retire o melhor das suas fraquezas ao
permitir que elas lhe guiem em direção ao aprimoramento.

Retire o melhor do amanha ao fazer uma diferença hoje. Retire o melhor
da sua vida ao viver cada dia com alegria, paixão e significativo
propósito.

"…julgai todas as coisas, retende o que e bom." I Tessalonicensses 5:21

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

DERROTANDO SEUS GIGANTES

A fantástica história bíblica envolvendo o confronto entre Davi e Golias é algo que nunca deixou de me fascinar, desde meus primeiros dias na Escola Dominical. Essa é uma história muito familiar, até mesmo para pessoas que nunca abriram uma Bíblia, e ela na realidade traz consigo uma estratégia de como derrotar de uma maneira bem-sucedida os gigantes que surgem na sua e na minha vida. Sim, gigantes. Todos nós nos deparamos com eles. Maus hábitos, dúvidas, dificuldades financeiras, relacionamentos difíceis etc, tudo isso e muito mais pode ser considerado gigante em nossa vida.

A história se refere à fascinante luta entre Davi e Golias, representando dois povos em confronto: de um lado os filisteus, e do outro, os israelitas. Voltemos no tempo e vejamos se nessa história não está inserida uma quantidade enorme de verdade e princípios que podem - hoje - ser aplicados em nossa vida.

Eis aqui alguns deles, que ecoam através do tempo, princípios que posso ver nessa fascinante história de um jovem rapazinho derrubando um enorme gigante:

1 - Esteja certo de que os gigantes irão tentar bloquear o seu caminho rumo à Terra Prometida. São tantas as vezes em que corremos em direção aos nossos sonhos, com a ingênua atitude semelhante à de um passeio num parque num dia ensolarado, em meio a uma serena e fresca brisa convidativa... Isso não é verdade! Se você tem um sonho, um alvo, um ardente projeto em seu coração, algo a seus olhos tão grande como uma Terra Prometida, pode estar certo de que em meio à trajetória entre o ponto de partida e o ponto de chegada você irá enfrentar muitos obstáculos. Haverá pessoas que farão tudo que for possível para impedi-lo de alcançar seu alvo. Rick Warren costuma dizer que "Todas as vezes que você decide construir uma casa, pode estar certo de que alguém vai atirar pedras em seu telhado!" Os gigantes irão aparecer. Não é uma questão de "se", e sim de "quando". Esse é um fato, e você tem que contar com ele. Não dê inicio à sua jornada com os olhos fechados. Espere encontrar pelo menos um ou vários gigantes!

2 - Ataque seu gigante com uma razão maior do que tão-somente sua própria vitória. Para Davi, a razão primeira e fundamental era a de defender a honra de Deus, uma vez que esse gigante havia zombado do Deus de Israel. Sim, claro que ele sabia que ganharia uma esposa, se livraria para sempre do imposto de renda e teria benefícios financeiros... Contudo, a razão que palpitava em seu coração não era de caráter pessoal. Havia nele um propósito que transcendia interesse particular. A própria glória de Deus estava envolvida na empreitada. O mesmo deve ocorrer conosco. Sim, é verdade que haverá uma série de benefícios que virão em função do nosso sucesso. Entretanto eu tenho percebido - e as Escrituras, do Gênesis ao Apocalipse confirmam - que o maior de todos os sucessos deste mundo é pura vaidade. Só que as coisas que trazem o mais profundo senso de satisfação pessoal sempre vêm mediante realizações de caráter altruísta - razões e causas que transcendem esta vida tão passageira!

3 - Não subestime sua própria capacidade. Quando indagado se ele teria condições de derrotar aquele gigante, Davi logo refletiu sobre seu passado. De imediato me vem à mente algo que o notável Soren Kierkgaard disse certa vez: "Para se viver a vida tem-se sempre que olhar para a frente, mas para compreender a vida tem-se sempre que olhar para trás". Para Davi o passado era um memorial de fidelidade e ação portentosa de Deus em sua vida. Se o presente o desafiava, o passado o motivava a crer no Deus de Israel. Ao olhar para tráz Davi se lembra da maneira como Deus já o havia ajudado a derrotar um urso e um leão, quando guardava as ovelhas do seu pai. Portanto, agora seu raciocínio era: "Se eu pude derrotar o urso e o leão, certamente posso derrotar este grandalhão..." Davi conhecia sua força e capacidade. Ele sabia que o que poderia fazer ele faria novamente, e uma vez mais, até que alcançasse seu alvo.

4 - Não use a armadura das outras pessoas. Tudo bem. O rei finalmente se convenceu de que Davi poderia ir em frente e enfrentar o gigante. Só que primeiramente ele tinha que colocar sua própria armadura em Davi. E Davi à semelhança de um menino de 10 anos, vestido com o terno do pai se deu conta de que além do ridículo, a impraticalidade daquilo era óbvia. "Não, muito obrigado", diz Davi. Ele sabia do que estava precisando, e o que necessitava não era aquilo que estava funcionando para outras pessoas. Claro que precisamos de conselhos de outras pessoas, mas é necessário que cheguemos a um momento definidor, onde temos que tomar uma decisão, decisão essa que deve ter como fundamento o que funciona para mim, e não - necessariamente - o que funcionou para alguém. Estamos vivendo numa geração que busca resultados imediatos, e a tentação de colocar modelos que funcionaram em outras circunstâncias, outros climas e outras culturas é sempre muito forte. Porém os resultados podem ser os mais inesperados possíveis. Para Davi, sua funda e sua habilidade de pontaria eram tudo de que ele necessitava.

5 - Use cinco armas, mesmo que você venha a precisar de apenas uma. Essa é uma das partes mais fascinantes dessa história. Davi obviamente sabia que ele era muito habilidoso no manuseio da sua funda, suficientemente hábil para matar um gigante. Portanto, existe uma certa autoconfiança nisso. Mas ele não estava alheio à realidade de que nossos melhores planos tendem a nos surpreender, resultando no oposto do que esperávamos. Estava pois consciente de que eventualmente são necessários mais do que algumas pedras para matar gigantes. Portanto, mesmo que ele precisasse de apenas uma pedra para fazer o trabalho, teve outras quatro como garantia, para fazer a cobertura.

E você? Quais são as medidas de cautela que tem colocado no seu bolso? Se tem apenas uma, é bom e sábio pensar em levar consigo pelo menos mais umas quatro alternativas, a fim de derrotar seu gigante.

6 - Corra para o gigante e não do gigante. Aqui está um ponto muito interessante. A narrativa é clara em demonstrar que Davi correu em direção ao gigante. Para quê? Para que pudesse ter a melhor posição, a fim de lançar a sua pedra. Muitos de nós temos como postura correr dos nossos gigantes, com a expectativa de que se corrermos e nos escondermos com habilidade, eles nos deixarão em paz. Puro engano. Os gigantes - à semelhança do gigante filisteu - aí estão para atormentar, para zombar, para trazer confusão e desencorajamento, e tentar minimizar a ação do Deus vivo e verdadeiro. Não fuja dos seus gigantes. Aproxime-se deles e, na posição mais estratégica possível, derrube-os!

7 - Certifique-se de que o gigante está morto, depois que ele cair. Apenas um arremesso, e o gigante caiu. Davi fez uma festa de celebração? Não. Ele se aproximou do gigante caído, e com um golpe certeiro com a espada do próprio gigante lhe decepou a cabeça. Davi aqui fez algo que vale a pena salientar: os gigantes têm uma habilidade muito especial de voltar à vida. Portanto, antes de seguir em frente certifique-se de que realmente a conquista foi definitiva. À semelhança de Davi, você PODE conquistar seus gigantes! Você pode também fazer deles uma memória de vitória, e se mover rumo à Terra Prometida. Quero encorajá-lo a meditar sobre esses princípios, desejando que eles possam encorajá-lo a derrotar os gigantes do presente e aqueles que ainda hão de vir.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Ninguém é melhor que você

"A perspectiva que você tem de si mesmo é que irá determinar as
possibilidades que você deseja alcançar."
Mike Evans

Você é bom, digno ou valioso tanto quanto qualquer outra pessoa.
Ninguém deveria necessariamente intimida-lo. Não importa que tipo de
carro aquela pessoa esta dirigindo, a casa em que ela vive, ou o volume
da sua conta bancaria. Ninguém é melhor que você.

Você é o melhor que existe porque dentro de você existe o potencial
para fazer, para ser ou para obter tudo aquilo que você almeja.
Algumas pessoas podem ter avançado alguns quilômetros à sua frente,
mas isso não as faz melhores que você.

Não existe necessidade para que você as inveje ou se sinta diminuído.
A sua vida esta cheia de possibilidades. Deus lhe deu dons e talentos
que foram especialmente criados para você. Onde você esta hoje é
insignificante quando comparado onde você poderá estar amanha.
Posicione-se em direção aos seus sonhos e certamente que os seus
sonhos se posicionarão também em sua direção.

Não importa o que alguém diz, ou faca; não importa qual seja a situação
pessoal, financeira ou outra qualquer - você pode ainda hoje optar pelo
caminho melhor. E não existe sucesso maior do que este.

"Tu, Senhor, conservaras em perfeita paz aquele cujo propósito é firme;
porque ele confia em ti." Isaías 26:3

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O Tribunal de Jesus e a Sentença da Graça

João 21

Uma semana repleta de julgamentos, condenações e sentenças. Sentenças para a menina, seu namorado e seu futuro cunhado, que por vários motivos, mataram os pais dela. Sentença de morte decretada: os pais dela foram assassinados.

A situação dos limites e posses das terras no oriente. Sentença decretada: guerra. Os condenados de dentro da cadeia sentenciam a própria polícia. Sentença decretada: vários policiais assassinados. Bombas atômicas são testadas em diversos locais do mundo. Sentença decretada: terremotos e inundações. Um homem bêbado, nove crianças, um barco furado e uma represa perigosa. Sentença decretada: sete crianças mortas. Um carpinteiro e doze homens, um evangelho. Sentença decretada: crucifica o carpinteiro.

No momento que Jesus fixou o olhar em Pedro (Lc. 22: 61-62), ele saiu pelas ruas e becos de Jerusalém chorando amargamente. O leite estava derramado. Muito diferente que dos tribunais do mundo, encontramos lições preciosas:

I - O TRIBUNAL DE CRISTO

Jesus foi condenado à cruz e Pedro não estava junto dEle. Depois da ressurreição, o Senhor aparece várias vezes e a variados discípulos e não se dirige ao apóstolo: primeiro fala com Maria Madalena; a seguir aparece na casa; depois aos discípulos no Caminho de Emaús; mais tarde, novamente, na casa e conversa com Tomé. E a Pedro não dirigiu uma palavra sequer. Creio que isso foi uma tortura ao apóstolo.

II - A SENTENÇA DA GRAÇA

Se dura coisa é cair nas mãos do Deus vivo, por um lado, não somos consumidos pela sua ira por causa das suas muitas misericórdias.

Certo dia, estando Pedro pescando com mais seis apóstolos, o Senhor Jesus aparece e se dirige, pessoalmente a Pedro. Ele, ao ser argüido pelo Senhor passa por três processos: Reabilitação. Ele diz que o ama e o Senhor Jesus o reabilita, perante os outros discípulos, curando-o, interiormente, de sua consciência traidora; Designação. O Senhor o designa a ser pastor de almas (não mais pescador de almas) e, Compromisso. Após Jesus o chama a um compromisso de morte, profetizando que Pedro estaria dando a vida pelo Senhor.

Conclusão: Observe que Pedro é o reflexo das nossas fraquezas e pecados, mas tendo também a grata satisfação em saber que temos um Poderoso Advogado no Céu que é Jesus. Leia 2 Coríntios 1:9-11.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Perdas e decepções

"Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro". Jeremias 29.11

Definição:
- Perdas: todo e qualquer dano, seja emocional, físico ou psicológico.
- Decepções: todo desapontamento ou desilusão causada por mim mesmo, pelos outros ou pelas circunstâncias.

Algumas verdades acerca de perdas e decepções:

Não é possível prevê-las .
Não há como evitá-las.
Todos estão sujeitos a enfrentá-las.
Elas mudam nossos paradigmas.
Afetam nossa cosmo visão.
Nossa reação define seus efeitos.

Deus restaura as perdas e decepções, mas nós precisamos decidir se aceitamos o tratamento
divino ou prosseguimos concentrados em nossas dores.
O Rei Davi, o mais importante dos reis de Israel, a despeito de seu relacionamento pessoal com Deus, teve dores, decepções e perdas profundas. Hoje examinaremos um momento de profunda decepção pessoal e uma perda irreparável. A maneira como ele lidou com essa situação tem muito a nos ensinar.

Texto bíblico: 2 Samuel 11, 12.

Os erros:

" Na primavera, época em que os reis saíam para a guerra, Davi enviou para a batalha Joabe com seus oficiais e todo o exército de Israel; e eles derrotaram os amonitas e cercaram Rabá Mas Davi permaneceu em Jerusalém. Uma tarde Davi levantou-se da cama e foi passear pelo terraço do palácio. Do terraço viu uma mulher muito bonita tomando banho, e mandou alguém procurar saber quem era. Disseram-lhe: "É Bate-Seba filha de Eliã e mulher de Urias o hitita". Davi mandou que a trouxessem, e se deitou com ela, que havia acabado de se purificar da impureza da sua menstruação.
Depois, voltou para casa. A mulher engravidou e mandou um recado a Davi, dizendo que estava
grávida" (2 Samuel 11. 1-5).

De manhã, Davi enviou uma carta a Joabe por meio de Urias. Nela escreveu: "Ponha Urias na linha de frente e deixe-o onde o combate estiver mais violento, para que seja ferido e morra". Como Joabe tinha cercado a cidade, colocou Urias no lugar onde sabia que os inimigos eram mais fortes.
Quando os homens da cidade saíram e lutaram contra Joabe, alguns dos oficiais da guarda de Davi morreram, e morreu também Urias, o hitita (2 Samuel 11. 14-17)

A perda:

E o SENHOR enviou a Davi o profeta Natã Ao chegar, ele disse a Davi: "Dois homens viviam numa cidade, um era rico e o outro, pobre. O rico possuía muitas ovelhas e bois, mas o pobre nada tinha, senão uma cordeirinha que havia comprado.
Ele a criou, e ela cresceu com ele e com seus filhos. Ela comia junto dele, bebia do seu copo e
até dormia em seus braços. Era como uma filha para ele. "Certo dia, um viajante chegou à casa do rico, e este não quis pegar uma de suas próprias ovelhas ou de seus bois para preparar-lhe uma refeição. Em vez disso, preparou para o visitante a cordeira que pertencia ao pobre". Então Davi encheu-se de ira contra o homem e disse a Natã:
"Juro pelo nome do SENHOR que o homem que fez isso merece a morte! Deverá pagar quatro vezes o preço da cordeira, porquanto agiu sem misericórdia".
"Você é esse homem!", disse Natã a Davi. E continuou: "Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel:
'Eu o ungi rei de Israel e o livrei das mãos de Saul. Dei-lhe a casa e as mulheres do seu senhor.
Dei-lhe a nação de Israel e Judá. E, se tudo isso não fosse suficiente, eu lhe teria dado mais
ainda. Por que você desprezou a palavra do SENHOR, fazendo o que ele reprova? Você matou Urias, o hitita, com a espada dos amonitas e ficou com a mulher dele. Por isso, a espada nunca se afastará de sua família, pois você me desprezou e tomou a mulher de Urias, o hitita, para ser sua mulher'.
"Assim diz o SENHOR: 'De sua própria família trarei desgraça sobre você. Tomarei as suas mulheres diante dos seus próprios olhos e as darei a outro; e ele se deitará com elas em plena luz do dia. Você fez isso às escondidas, mas eu o farei diante de todo o Israel, em plena luz do dia' ".
Então Davi disse a Natã: "Pequei contra o SENHOR!"
E Natã respondeu: "O SENHOR perdoou o seu pecado
Você não morrerá. Entretanto, uma vez que você insultou o SENHOR, o menino morrerá".
(2 Samuel 12. 1 – 14).

A Reação de Davi

Depois que Natã foi para casa, o SENHOR fez adoecer o filho que a mulher de Urias dera a Davi.
E Davi implorou a Deus em favor da criança. Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitado no chão. Os oficiais do palácio tentaram fazê-lo levantar-se do chão, mas ele não quis, e recusou
comer. Sete dias depois a criança morreu. Os conselheiros de Davi ficaram com medo de dizer-lhe que a criança estava morta, e comentaram: "Enquanto a criança ainda estava viva, falamos com ele, e ele não quis escutar-nos. Como vamos dizer-lhe que a criança morreu? Ele poderá cometer alguma loucura!" Davi, percebendo que seus conselheiros cochichavam entre si, compreendeu que a criança estava morta e perguntou: "A criança morreu?" "Sim, morreu", responderam eles. Então Davi levantou-se do chão, lavou-se, perfumou-se e trocou de roupa. Depois entrou no santuário do SENHOR e o adorou. E, voltando ao palácio, pediu que lhe preparassem uma refeição e comeu. Seus conselheiros lhe perguntaram: "Por que ages assim?
Enquanto a criança estava viva, jejuaste e choraste; mas, agora que a criança está morta, te levantas e comes!" Ele respondeu: "Enquanto a criança ainda estava viva, jejuei e chorei. Eu pensava: Quem sabe? Talvez o SENHOR tenha misericórdia de mim e deixe a criança viver. Mas
agora que ela morreu, por que deveria jejuar? Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei até
ela, mas ela não voltará para mim". Depois Davi consolou sua mulher Bate-Seba e deitou-se com ela, e ela teve um menino, a quem Davi deu o nome de Salomão. O SENHOR o amou". (2 Samuel 12. 15 – 24).

Baseado na experiência de Davi, vamos examinar alguns passos que você deve dar a fim de
ser curado de suas decepções e perdas.

Assuma sua responsabilidade – 2 Samuel 12. 13a.

Então Davi disse a Natã: "Pequei contra o Senhor!"
Resista a tentação de transferir a responsabilidade
Não assuma a responsabilidade dos outros
Confesse e abandone o pecado – Salmo 32. 3- 5
"Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas.Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR, e tu perdoaste a culpa do meu pecado".

A confissão promove a humildade que agrada a Deus.
A confissão abre o coração para mudança de atitude.

Aceite o perdão – 2 Samuel 12.13.b.
"E Natã respondeu: "O SENHOR perdoou o seu pecado".

Creia no perdão divino.
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos
purificar de toda injustiça". (1 João 1. 9).

Busque o perdão daqueles aos quais você feriu.
"Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu
irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com
seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.
(Mateus 5. 23,24).

Perdoe a si mesmo – Mateus 19. 19b
"Amarás o teu próximo como a ti mesmo".

Reconheça suas limitações e imperfeições.
Valorize aquilo que você é.

Perdoe os que lhe feriram – Lucas 11.4
"Perdoa-nos os nossos pecados, pois também
perdoamos a todos os que nos devem". (Lucas 11.4).
O perdão nos liberta do passado.
O perdão nos prepara para o futuro

Encare a realidade da dor – 2 Samuel 12. 15-17.
"Depois que Natã foi para casa, o SENHOR fez adoecer o filho que a mulher de Urias dera a Davi.
E Davi implorou a Deus em favor da criança. Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitadono chão. Os oficiais do palácio tentaram fazê-lo levantar-se do chão, mas ele não quis, e recusou comer".

A negação apenas maquia a dor e prolonga a crise.
Tocar na dor nos prepara para o milagre da cura.

Busque a presença de Deus em adoração – 2 Samuel
12.20.
"Então Davi levantou-se do chão, lavou-se, perfumou-se e trocou de roupa. Depois entrou no santuário do SENHOR e o adorou".

Existe um poder libertador na adoração.
A adoração me leva a reconhecer a perfeição e poder divinos que geram a cura.

Abandone o luto intencionalmente e prossiga- 2 Samuel 12. 20-24.
"E, voltando ao palácio, pediu que lhe preparassem uma refeição e comeu. Seus conselheiros lhe
perguntaram: "Por que ages assim? Enquanto a criança estava viva, jejuaste e choraste; mas, agora que a criança está morta, te levantas e comes!" Ele respondeu: "Enquanto a criança ainda
estava viva, jejuei e chorei. Eu pensava: Quem sabe? Talvez o SENHOR tenha misericórdia de mim e deixe a criança viver. Mas agora que ela morreu, por que deveria jejuar? Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim". Depois Davi consolou sua mulher Bate-Seba e deitou-se com ela, e ela teve um menino, a quem Davi deu o nome de Salomão.O SENHOR o amou.

A cura é precedida por uma firme decisão interior.
As perdas e decepções somente o controlarão enquanto você permitir!

Conclusão:

As perdas e decepções afetarão decisivamente nosso futuro, a menos que aceitemos a proposta divina de restauração. Quando permitimos que Deus trate das nossas feridas, Ele mesmo garante nosso futuro. Escolha hoje mesmo confiar suas dores ao Senhor entregando a Ele o controle de sua vida. Dê os passos que aprendemos com Davi, e Ele o restaurará da mesma maneira.

"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para
sempre". (Hebreus 13.8).

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A monogamia e o caminho dos pingüins

Ariovaldo Ramos

O caminho para o relacionamento conjugal é o da monogamia, não por determinação genética, mas porque fomos criados à imagem de Deus, que é, em si, uma unidade.

Uma revista semanal publicou recentemente uma reportagem sobre como os fundamentalistas, através da aparente constatação da chamada "marcha dos pingüins", que descreve o grande percurso que essas aves percorrem para acasalar-se, e, em grande parte, com os mesmos parceiros da marcha anterior, estão tentando demonstrar como a monogamia é o natural na dispensação divina da Criação. O comentarista da área de ciências dessa revista desancou os tais fundamentalistas, fazendo ver a ingenuidade e a simploriedade desse argumento antropomórfico, deixando claro que há outros fatos no comportamento dessa espécie que, por si só, desautorizam essa conclusão.

O comentarista da revista tem razão. É uma ingenuidade. Mesmo nas Escrituras, esse assunto passou por várias fases:

  • No momento da Criação, Deus ordenou a monogamia (Gn 3.24), e o relacionamento entre homem e mulher era de unidade. Dois seres, mas uma só carne. Duas vidas, mas um só caminho e uma só missão.
  • No evento da queda, Deus subordina a mulher ao homem, dizendo que ela seria governada por seu marido (Gn 3.16).
  • Depois disso, Deus desaparece da cena por sabe-se lá quanto tempo; quando reaparece, encontra a poligamia e, a rigor, não mexe nisso, embora ela signifique a exarcebação do governo do homem sobre a mulher.
  • Quando Jesus Cristo aparece, ele manda voltarmos para o início (Mt 19.8), para o momento da unidade, quando o relacionamento não estava baseado na autoridade, mas na unidade - e, portanto, na cumplicidade.

Alguém poderá dizer que não é assim, porque Paulo diz que a mulher deve ser submissa ao seu marido. Entretanto, o próprio Paulo diz que está falando da relação entre Cristo e a Igreja (Ef 5.32). Nós é que não queremos prestar a atenção nisso, acabando por fazer uma má exegese. Quanto ao relacionamento conjugal, Paulo diz que o homem deve amar a sua mulher como a si mesmo e a mulher deve respeitar ao seu marido (Ef 5.33).

Portanto, não há dúvida, o caminho escolhido por Deus para o relacionamento conjugal é o da monogamia. Mas não por causa de uma determinação genética, nem por causa de um imperativo moral, mas porque fomos criados à imagem e semelhança de Deus, que é, em si mesmo, uma unidade. Logo, não há como ser expressão desse Ser sem, de alguma maneira, participar da unidade que o caracteriza. Daí ser na unidade da monogamia, da família e da comunidade que manifestamos a imagem de Deus. Sim, porque os anjos têm as mesmas qualidades cognitivas e volitivas que nós, mas são tidos como criaturas à imagem de Deus.

E, para além do corpo, que não nos distingue como imago Dei, o que experimentamos de Deus, diferentemente dos anjos eleitos, é que, guardadas as devidas proporções, somos as únicas criaturas de Deus que experimentam a unidade que o distingue. A monogamia não é natural, mas litúrgica. A monogamia fundamentada na unidade. Qualquer outro tipo de relacionamento no casamento conspurca a imagem de Deus.

Ariovaldo Ramos é filósofo e teólogo, além de diretor acadêmico da Faculdade Latino-americana de Teologia Integral, missionário da Sepal e presidente da Visão Mundial. É membro da equipe editorial da Edições Vida Nova.